Caros alunos
Neste momento em que as escolas portuguesas se
encontram com as atividades presenciais suspensas e que devemos manter o distanciamento
social para quebrar as cadeias de transmissão da doença Covid-19, a que todos
somos chamados a colaborar, deixamos-vos umas pequenas instruções, de fácil
execução e que poderão fazer toda a diferença:
- obedeçam aos vossos pais;
- cumpram as orientações da Direção Geral de Saúde;
- cumpram os planos de trabalho propostos pelos vossos professores;
- brinquem com os vossos irmãos;
- apanhem Sol, pelo menos 20 minutos por dia, no quintal ou varanda. Não
saiam de casa;
- não disseminem noticias falsas ou das quais desconhecem a origem;
- não utilizem dados móveis desnecessariamente.
Fiquem bem. Vai passar!
“Era uma vez num país muito próximo, um vírus conhecido como
Coronavirus. Esse vírus, como todos os que colocam uma coroa no seu nome ou
cabeça, queria conquistar o mundo inteiro, e já que não tinha pernas, a única
maneira que tinha de o conseguir era saltar de pessoa em pessoa.
Vieram os
homens e mulheres mais fortes (ou melhor, os que se pensava serem os mais
fortes) de todo o mundo, mas nenhum foi capaz de vencer o vírus pois este era
tão pequeno que conseguia sempre escapar.
- "Mas se é tão pequeno, como podemos ganhar?" -
começaram todos a pensar.
- "Muito fácil!" - disse uma criança, que nesta
história simboliza todas as crianças e o senso comum, característica humana que
muitas vezes perdemos à medida que crescemos.
- "Se ele não tem pernas", continuou a criança,
"nós somos as pernas dele. Se ficarmos o máximo que pudermos em casa, ele
não poderá continuar a avançar e vamos vencê-lo sem lutar, que é a forma como
as lutas mas importantes da vida são ganhas", disse a criança, deixando
todos maravilhados.
E foi assim que todos ficaram duas semanas em casa, os adultos
reaprendendo algum senso comum com as crianças. Todos tiveram tempo de voltar a
ler O Pequeno Príncipe e entendê-lo.
E assim todos entenderam que as vitórias reais são conseguidas
com armas invisíveis aos olhos...”
Autor: Victor Espiga
Adaptação: Ana Ramos
Ilustração: Desconhecida