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terça-feira, 16 de março de 2010

Na Biblioteca à conversa com Sónia Louro



Sónia Louro


No dia 24 de Março, a escritora Sónia Louro estará na nossa Escola para falar da sua obra: "O Cônsul Desobediente".

As Palestras são dirigidas aos alunos do 6.º e 9.º anos.

Aparece!!! Contamos contigo!!!




Quem foi Aristides Sousa Mendes - (1885 - 1954)


Com a invasão da França pelas tropas nazis em Maio de 1940, a salvação possível para os judeus era abandonar o território e conseguir entrar num país neutral. Para isso precisavam de um visto. O cônsul português em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes estava proibido de emitir vistos a determinadas categorias de refugiados, sem autorização prévia do Ministério dos Negócios Estrangeiros, nomeadamente judeus e antifascistas que, por razões raciais ou ideológicas, eram considerados como indesejáveis. Contudo, este cônsul considerava estas normas racistas e desumanas. Por isso, contrariando as ordens de Salazar, passou milhares de vistos, salvando muitas pessoas de uma morte certa. A sua desobediência acabou por ser descoberta pelo Governo de Salazar e recebeu ordens para suspender a emissão de vistos, sob ameaça de procedimento disciplinar.


* 1907 - Licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra
* 1910 - Cônsul de 2.ª classe em Demerara, na Guiana Britânica
* 1911 - Cônsul-geral em Zanibar
* 1918 - Tranferência para Curitiba. Promoção a cônsul de 1.ª classe
* 1921 - Direcção temporária do consulado em S. Francisco, Califórnia
* 1924 - Cônsul do Maranhão, Brasil
* 1926 - Regresso a Lisboa para prestar serviço na Direcção-Geral dos Negócios Comerciais e Consulares
* 1927 - Cônsul em Vigo, Espanha
* 1929 - Cônsul.geral em Antuérpia, na Bélgica
* 1936 - Condecorado pelo rei belga, Leopoldo III
* 1938 - Transferência para Bordéus, em França
* 1940 - Demissão do cargo de Cônsul por Salazar


Aristides Sousa Mendes continuou a receber refugiados na sua própria residência em Bordéus. Estes daí partiam para Portugal onde permaneciam mais uma vez na sua casa de Cabanas de Viriato, enquanto aguardavam para embarcar para outros continentes. Calcula-se que tenha salvo cerca de 30 mil pessoas.
Só mais tarde. em 1989, é que foi reconhecida a nobreza da sua atitude pela assembleia da República, condecorado a título póstumo com a Ordem da Liberdade, pelo Presidente da República Mário Soares.

Resumo retirado do Manual de História do 9.º ano.